terça-feira, 20 de setembro de 2016

OITAVO TRECHO - CUNHA A PARATY 30/12/2016

Devido ao calor, foi punk dormir esta noite. Umas 22h00, fui até a casa do dono da pousada perguntar se poderia pegar o ventilador do quarto ao lado, visto que estava vago. Ele disse que chegariam pessoas de madrugada, apesar disso, me permitiu pegá-lo. Tomei uns dois banhos gelados e, com o auxílio do segundo ventilador, consegui dormir. Quando acordei, não me sentia exatamente descansada, apesar disso, me sentia feliz, já que hoje era oficialmente o último dia de cicloviagem e um trecho muito famoso, que sempre quis fazer!

Descemos as 06h00 para ajeitar nossas bikes e às 07h00, quando o café foi servido, já estávamos prontos para partir. Foi o tempo de sentar, comer algo e seguir em busca de novos desafios. 


Trecho até Paraty
  • 10,12 km - Acesso a Cachoeira do Desterro
  • 11,27 km - Acesso a Cachoeira da Pimenta - Barragem com captação de água da cidade de Cunha. Hoje é um Mirante Ambiental e Museu de Energia. Dispõe de trilha que vai até a Cachoeira do Pimenta. Tem um bar no local. 
  • 12,59 km - Entrada ao Camping Curupira
  • 22,52 km - Início do asfalto - trecho sem acostamento
  • 24,88 km - Pousada Mineira
  • 31 km - Cachoeira Mato Limpo
  • 32,49 km - Hotel Fazenda Umaura
  • 33,99 km - Parque Nacional da Serra da Bocaina - vel. max., 20 km/h
  • 38 km - A esquerda avista-se Paraty ao fundo
  • Bar do Guedes
  • 47,76 km - Igreja da Penha e acesso a trilha Caminho do Ouro
  • Cachoeira do Tobogã - atrás da igreja
  • 55,65 km - Portal Paraty
  • 56,62 km - Centro de informação turística
  • 57,31 km - Último marco - praça Chafariz do Pedreira
Seguimos a carta de navegação que nos mandou até a Igreja Matriz, no centro da cidade. 




Na sequência, seguimos subindo e descendo as ruas de Cunha, em direção ao Vale das Cachoeiras. Parece não ter nada plano por aqui. Rapidamente nos distanciamos da cidade, para locais mais isolados.


Todos que conhecem, falam que a beleza do trecho entre Cunha e Paraty é algo marcante... Evito alimentar grandes expectativas sobre locais que ainda vou conhecer... mas era inevitável pensar sobre o trecho em questão. Conforme pedalamos em direção as estradas rurais de Cunha, sou obrigada a concordar com a fama do local.




Após alguns quilômetros, quando olho para trás, sou agraciada com uma visão e tanto! Sorrio em retribuição ao 'bom dia', muito especial, que acabo de receber!


Igualmente a nossa frente, belíssimas paisagens vão surgindo a cada nova curva, subida ou descida!



Vez por outra, surgem trechos de calçamento. Quando os vemos, já sabemos que enfrentaremos subida e descidas duras!



E a cada quilômetro vencido, pequenos detalhes enchem nossa visão com graça e beleza. Notem a seguir, o túnel que se formou a partir da vegetação



Outra fixação que tenho, está relacionada aos animais que cruzamos pelo caminho... tenho vontade de me aproximar, estabelecer algum contato com todos eles... observe por exemplo este olhar!


Não me lembrava ter visto búfalos bebês... os achei tão fofos!


Olha a franjinha deste: 


Continuamos subindo por mais alguns quilômetros. 





Num momento, cruzamos com um potro do lado de fora da cerca. Vi a porteira aberta e sua 'maezinha' lá dentro. Na tentativa de fazê-lo voltar para perto dela, fui me aproximando dele. Curiosamente, o animalzinho permaneceu parado. Consegui me aproximar tanto que fiz carinho nele, algo totalmente atípico visto que os filhotes normalmente são extremamente arredios. Foi emocionante! Após isso, surgiu uma moto que o assustou. Rapidamente correu para a porteira e para perto de sua mãe. 




Aproximadamente após 10 km, avistamos a famosa Cachoeira do Pimenta, uma das mais belas da região. Possuindo um desnível de 70m, ela se desdobra em várias quedas. 


Comento com Filipe que, de acordo com o GPS, está localizada bem próximo a estrada. Por isso, decidimos enfrentar a descida para conferir mais de perto!






O sol estava esturricando até nossos pensamentos... não costumo entrar na água com roupa de bike, principalmente quando estamos em viagem. Temo que uma assadura impeça de seguir confortável, no dia seguinte. Mas hoje é oficialmente o último dia... quando olho aquela água fresquinha, não consigo pensar em mais nada, que não seja entrar e me refrescar. Penso no que vou dizer a Filipe e o que possivelmente responderá... essa foto é a representação perfeita de tudo o que passava em minha mente, naquele instante.  


Em vários momentos da nossa vida, vivemos em conflitos quanto ao que queremos fazer e o que devemos fazer... normalmente, o que devemos fazer sempre ganha! Isso é cruel... se o que desejamos não prejudica ninguém e não é errado, não deveria ser um problema, certo?!? Baseado nisso, falo: 'Filipe, sei que ainda temos muitos quilômetros pela frente... mas tudo o que mais desejo neste instante, é entrar na água. Não preciso de muito tempo, é apenas o suficiente para sentir a água passar pelo meu corpo e baixar a temperatura... Por que não? Me dê uma única boa razão para isso, que não o farei...' Quando terminei de falar, rapidamente ele seguiu para dentro da água... Na sequência entrei também e, daí em diante, foi uma sessão de risos. Guardarei este momento carinhosamente em minhas melhores recordações:









Passamos uns 30 minutos por ali... depois que sai, tive que esperar Filipe, visto que parecia não querer ir mais embora. 


Sentamos sobre uma pedra, para deixar a água escorrer da roupa. Neste momento tranquilo, ouvindo o som da água, Filipe olha pra mim e diz: 'Amor, não acredito no que acabo de fazer... esqueci de tirar nosso dinheiro do bolso.' Olho para ele e caio na risada... O dinheiro ficou ensopo. Aproveito que, por enquanto, estávamos apenas nós no local e distribuo as cédulas sobre a pedra... Logo que começam surgir outras pessoas, juntamos nossa grana, nossas tralhas e seguimos viagem. 

A seguir, passamos pela Barragem onde é captada a água que abastece a cidade de Cunha. No passado, as águas moviam as turbinas da usina que gerava energia elétrica na cidade. 



O local foi transformado em Mirante Ambiental e Museu da Energia. Dispõe de trilha que vai até a Cachoeira do Pimenta e a antiga Usina Hidrelétrica, sem necessidade de guia.

Prosseguimos pedalando e apreciando o maravilhoso caminho. 


Novamente, passamos a subir intensamente. Em algum momento, enquanto empurrávamos, um carro parou ao nosso lado para pedir informações. Quando a senhora abriu o vidro, me aproximei e senti o ar gelado, do ar condicionado, escapando em minha direção. Ela nos perguntou sobre a localização da Cachoeira do Pimenta. Explico a eles como chegar, que nos agradecem. Antes de partir, ela nos olha com a maior cara piedade e conclui: 'Coitado de vocês dois... estão numa situação tão pior que a nossa!' Dou risada, aceno e seguimos em frente, em silêncio. Quando chegamos no final da subida, quase sem fôlego, viro para o Filipe e digo: 'Que mulher idiota!' Assustado, ele olha para mim sem entender nada. Continuo: 'Onde já se viu! Eu não acho que estamos numa situação pior que a dela, afinal, eu sei onde estamos e eles estão perdidos, tendo que perguntar a qualquer um na rua para onde vão!' Olhamos um para o outro e caímos na  maior risada. 

O aclive foi longo e quase sem tréguas. A seguir, num ponto do caminho, vi uma cena que me fez lembrar a Luminosa, no Caminho da Fé. 



Já nas alturas, pedalamos por trechos razoavelmente plano... o que nos permitiu  apreciar as paisagens a nossa volta!




Voltamos a subir, desta vez, num trecho bem arborizado. 


Após uns 20 quilômetros, começamos a descer. Já estávamos com fome, por isso, passamos a procurar um local confortável para nos alimentar. 


Escolhemos a entrada deste sítio. Em 'bancos' improvisados, comemos e descansamos!



A partir daqui, o trecho é mais povoado e razoavelmente plano. Passamos por algumas pousadas, igrejas, carros e pessoas. 


No km 22,5, totem 1359, chegamos rodovia asfaltada SP-171 que nos levará a Paraty. 

Foto Oswaldo Buzzo
Como era dia 30/12, muitas pessoas estavam 'descendo' para a Praia. Devido a isso, a rodovia estava muito movimentada. Infelizmente, para complicar ainda mais, a estrada não tem acostamento. Seguimos com muita atenção, tentando sinalizar nossa presença e pedir distância. Felizmente, quase todos respeitam. 


A estrada conta também com placas de conscientização. 


Poucos quilômetros a frente, passamos por um restaurante e lanchonete, do lado esquerdo, onde paramos para comprar água e refrigerante. Após um rápido descanso, seguimos em frente. Há também várias opções de hospedagem, neste trecho.

Foto Oswaldo Buzzo
Para chegar ao parque, subimos uma serra de uns 4 km. Logo no início, passamos pela Cachoeira do Mato Limpo, que fica na beira da estrada. Filipe ficou cuidando das bikes, enquanto eu fui mais perto para fazer algumas fotos. 




A subida foi dura. Acho que levamos uns 40 minutos para chegar na entrada do parque. Tentava lembrar que, depois desta subida, pegaríamos quase 20 km de descida.  

Novamente passamos pela placa que indicava a divisa entre estados. Pela segunda vez, em uma semana, atravessamos de um estado para outro. (MG para SP / SP para RJ)


Finalmente, chegamos no Parque Nacional da Serra da Bocaina.


Foto Oswaldo Buzzo
Parque Nacional da Serra da Bocaina - reserva de Mata Atlântica disposta para apreciação de quem passa pelo local, com a paisagem da fauna e flora nativa. A estrada é aberta ao trânsito apenas até as 17 horas e nela está proibido o tráfego de caminhões. O projeto foi feito com base no antigo caminho construído pelos escravos, a partir de trilhas indígenas, entre os séculos 17 e 19. A rota fazia a ligação entre Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo durante o Ciclo do Ouro. Dos 46 quilômetros entre Paraty e Cunha, 10 quilômetros atravessam o Parque Nacional da Serra da Bocaina, e por isso, não são asfaltados. Este trecho ganhou calçamento de bloquetes. Há muitos mamíferos ali presentes, sendo 39 ameaçadas de extinção. Para proteger os animais, o projeto construiu cinco zoopassagens subterrâneas e quatro aéreas. 

Logo no início, passamos pelo famoso mirante. Infelizmente, havia uma névoa espessa, que nos impediu de apreciar a belíssima paisagem.


Desejo a você, caro leitor, uma sorte melhor que a minha... segue a foto de meu querido amigo peregrino Oswado Buzzo, do visual aqui de cima:


Com o ar úmido e a temperatura amena, começamos a descer pelo parque. Achei o local parecido com Parque Carlos Botelho, de São Miguel Arcanjo. 




Após alguns quilômetros de descida, a temperatura começou a subir novamente e o horizonte ficou visível. Com isso, conseguimos avistar a cidade de Paraty. 



Lembro-me que, no momento que fazíamos esta foto, uma senhora de carro, que havia passado por nós a pouco, nos disse: 'Parece muito legal, viajar assim... vocês pedalam rápido! Achei que demorariam muito, para chegarem aqui. Mas... vocês não tem medo de serem atropelados? Parece tão perigoso!' Sorrindo respondo que, para mim, não há melhor forma de viajar. Digo que meu maior medo é deitar num sofá e perder muitos anos ali, em frente a uma TV e, quem sabe, anos depois, gorda, sedentária, diante de um enfarto fulminante, perceba que minha vida passou sem que eu tivesse estado aqui, por exemplo, neste momento, diante desta foto que acabo de fazer. Para mim, isto é muito mais perigoso e letal... Sorrimos uma para outra e nos despedimos.

O final do parque desemboca em uma rua estreita, sem 'guard rail'... achei um tanto perigosa. Seguimos com muita atenção, evitando paradas. Logo chegamos na entrada da Estrada do Ouro, na Igreja da Penha e Cachoeira do Tobogã, localizada atrás da ermida.



A partir daqui, passamos pelo que deve ser a periferia da cidade. Haviam muitas pessoas na rua, muitos carros estacionados ao lado da pista, que já é estreita. Após uns quilômetros, tem uma ciclovia margeando a estrada, por onde seguimos com mais segurança. 


Já bem próximo a cidade, passamos pela Mini Estrada Real. Como ali tem carimbo, paramos para pegar nosso último 'selo'.


Mini Estrada RealParque temático, histórico e cultural que reúne dezenas de miniaturas das principais construções, que fazem parte do Caminho do Ouro. A "viagem" começa em Paraty e segue até Diamantina, passando por Tiradentes, São João del Rei, Mariana, Ouro Preto e Sabará, além de Belo Horizonte, São Lourenço e Caxambu. Pelo terreno, contornado por um belo jardim, estão igrejas, pontes, praças e prédios, como a Igreja de Santa Rita (Paraty) e o Museu da Inconfidência (Ouro Preto). O passeio guiado impressiona, em especial pelos destalhes na confecção de cada atrativo. (Por Editoria Férias Brasil)

O valor da entrada, atualmente, é de R$ 14,00 por pessoa. Como amo história e miniaturas, me senti no paraíso. Ficamos mais de uma hora lá dentro! Aproveitamos para ouvir toda a história do ouro e diamante, além das histórias da cidade de Paraty, muito bem contadas por dois guias que se revezam. 



Acho que as fotos não representam com fidelidade a beleza das maquetes, admiráveis pelos detalhes.












Amei o passeio e SUPER RECOMENDO a quem for a pé, de bike ou até de carro... 

Após nossa visita, seguimos por mais 2 km e entramos na cidade de Paraty. 


Paraty - Bela cidade colonial, considerada Patrimônio Histórico Nacional desde 1.966. Preserva até hoje os seus inúmeros encantos naturais e arquitetônicos. Cidade foi fundada em 1.667, em torno da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, teve grande importância econômica devido aos engenhos de cana-de-açúcar (chegou a ter mais de 250), sendo considerada sinônimo de boa aguardente. No século XVIII, destacou-se como importante porto por onde se escoava das Minas Gerais o ouro e as pedras preciosas que embarcavam para Portugal. Hoje a cidade tem aproximadamente 40 mil habitantes. 

Estava muito ansiosa para chegar a Paraty! Planejei pegar nosso certificado e fazer a 'última foto', no último totem, ao lado do centro histórico. Mas, infelizmente, como era véspera de ano novo, a cidade estava um verdadeiro caos. Carros tiravam fina, pessoas mal educadas, restaurantes e supermercado lotados... definitivamente, tínhamos a sensação que não caberia todas aquelas pessoas ali. Filipe e eu nos olhamos e rapidamente tomamos nossa decisão: Vamos seguir viagem! Fiquei triste por não termos ido até o centro histórico... Apesar disso, creio ter sido prudente nossa decisão. Como tínhamos a intenção de passar a virada de ano aqui perto, talvez voltaríamos a Paraty antes de ir pra casa. Seguimos, portanto, para nosso próximo destino: Paraty Mirim, localizada a 18 km de Paraty. 

Paraty-Mirimé uma praia de Paraty. O local não chega a ser um destino imperdível, mas vale a pena conhecer. Assim como Paraty, Paraty-Mirim é recheada de passado, o local foi porto de desembarque de escravos e o único monumento que sobrou para contar a história, foi a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1.746. O pequeno templo, já castigado pelo tempo, não possui torre e nem sino, mas se conserva forte, sendo o cartão-postal do lugar. Há também casarões em ruínas que, ao contrário da igreja, não resistiram ao tempo. Apesar disso, carregam certa beleza e é local perfeito para amantes de fotografias.

Voltamos para a BR-101, que estava LOTADA. Os carros não podiam correr devido ao trânsito intenso. Seguimos pelo acostamento por 9 km, chegando a entrada do bairro. 


A partir daqui, são mais 9 km em estrada de terra, bem movimentada. Em algum ponto dessa estrada, observei do lado direito o que parecia com uma aldeia indígena. Posteriormente, descobri que trata-se de um assentamento demarcado, pela FUNAI, de uma tribo Guarani. Há inclusive uma barraquinha vendendo artesanatos indígenas, bem na frente do assentamento.  

A pousada de nosso amigo Sandro fica bem próximo a praia. Assim que passamos por um mercadinho, do lado direito, pedimos informação e nos indicaram sua casa após alguns metros, do lado esquerdo. 


Foi muito bom, reencontrar nossos queridos amigos Sandro Ribas, Claudia e João Gabriel. Eles moravam em Sorocaba, há alguns anos. Sandro veio para cá, a fim de trabalhar como guia, levando as pessoas para passear de caiaque nos vários pontos turísticos aqui de sua região. Já instalados e de banho tomado, comento com Sandro que estávamos famintos! Além de tudo, ele é um maravilhoso chefe de cozinha! Rapidamente nos preparou uma massa, que é uma de suas especialidades!


E nosso jantar, foi simplesmente perfeito!



O pedal não havia sido fácil... foram 78 km até aqui. Por isso, depois do jantar, não demorou muito para nos recolhermos. Apesar de estar bastante calor, com uma cama muito confortável e um super ventilador, dormi rápida e tranquilamente, como uma criança.

Sobre este dia: Um pedal deslumbrante! O trecho de Cunha até a rodovia é maravilhoso... já o trecho em asfalto, nem tanto. Acredito que, caso se faça em outras épocas do ano que não seja feriado, deva ser mais tranquilo. O trecho do parque é muito bonito. Ficamos meio tensos apenas no final, devido ao grande movimento de carros. Outra coisa que não comentei na narrativa, é que senti um pouco de medo no trecho de periferia. Guardei meus aparelhos de celular e câmeras. É um trecho curto, por isso, é bom evitar paradas. Foi uma pena não termos conseguido ir até o centro histórico para pegar os certificados mas, como ficaríamos mais alguns dias por aqui, tínhamos a chance de voltar. 

Gastos:
Água, refrigerante R$ 10,00
Mini Estrada Real: R$ 28,00
Pousada R$ 180,00 (R$ 90,00 por pessoa)
Jantar R$ 20,00
Total: R$ 238,00






Fonte 

http://www.oswaldobuzzo.com.br/Home/2016-estrada-real-final/7o-dia---cunha-sp-ao-hotel-fazenda-uemura-cunha-sp---34-quilometros
http://www.seumochilao.com.br/paraty-mirim-um-recanto-natural-em-paraty/

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