sábado, 17 de setembro de 2016

DÉCIMO PRIMEIRO DIA - PICO DO PÃO DE AÇÚCAR - 02/01/2017

Assim que amanheceu o dia, fizemos nosso desjejum em ótimas companhias! Conforme combinado no dia anterior, faríamos um passeio de barco com destino ao Saco do Mamanguá, acompanhado de Rene e Luciana e, na sequência, enfrentaríamos uma trilha a pé.

Saco do Mamanguá - localizado no município de Paraty, é uma entrada de mar de coloração esverdeada que se estende por 8km até se fechar em um exuberante manguezal. É margeado por íngremes montanhas ocupadas por Mata Atlântica e povoado por uma comunidade tradicional caiçara, que mantém o seu modo de vida e enriquecem no nosso convívio nesse paraíso tropical.


Rene já conhecia bem esta região, pois já tinha vindo em outras oportunidades acompanhado de Sandro Ribas. Devido a isso, ele foi o nosso guia!

Apesar de termos nos conhecido por aqui, já sentíamos por Rene e Lu uma intimidade e carinho, como se fossemos amigos de longa data. 


O mar, após a tempestade de ontem, estava semelhante ao ditado: com uma 'bonança', ou seja, calmo e sossegado...


É impressionante o estado 'zem' que essa cena é capaz de nos transmitir! Aquela água calma, ao som do atrito do barco sobre ela, parece nos fazer esquecer até quem somos... As vezes, Filipe olhava para mim e perguntava: 'Está tudo bem?' Eu olhava de volta e respondia sorrindo: 'Não poderia estar melhor...'


Apesar das nuvens parecerem carregadas, o sol estava ausente e o mormaço presente, perfeito para um dia de caminhada! 


Foram 40 minutos de viagem que passaram voando! Poderia ter viajado muito mais... Logo em frente já é possível avistar o Pico do Pão de Açúcar, que vamos desbravar. 


Pico do Pão de Açúcar - localizado no Saco do Mamanguá, mais precisamente na Praia do Cruzeiro, é um pico de 438m de altitude. Nesta praia há apenas uma opção de hospedagem, no camping do Sr. Orlando, com chuveiro (água gelada) e um quiosque com almoço, jantar e bebidas. Aqui não tem energia elétrica.

O início da trilha fica bem ao lado da pousada do Sr. Orlando. Foi fácil de encontrar e o caminho é relativamente aberto, com terra batida, por isso é uma trilha muito intuitiva. 


Logo no início, passamos por uma placa que nos avisa que serão 1,4 km até o topo. Nesta hora, Rene estava meio distraído e passou reto. Por sorte, Luciana, um pouco mais atenta que todos nós, nos chamou atenção a placa. Aqui, faz-se necessário virar a direita e seguir por outra trilha. Com mais atenção, começamos a subir. 




Pouco depois, fomos surpreendidos com a presença de um cãozinho na trilha. Começamos a brincar com ele que, rapidamente, passou a nos seguir. 


Marley, como o batizamos, é uma graça e ganha toda nossa atenção. Ele segue nos acompanhando e quando paramos para descansar ele faz o mesmo. 


De acordo com o Sandro, haveria um tronco de árvore caído, na metade do caminho... 




Os últimos metros da trilha é de aclive mais acentuado, o que dificultou um pouco nossa subida. 


A partir daqui, parávamos com mais frequência para recuperar o fôlego. Marley, como um bom amigo, nos aguardava. 


Pouco mais de uma hora, começamos a ver a bela paisagem. 




Filipe, Marley e eu chegamos um pouco antes de nossos amigos. Aguardamos para que pudéssemos subir na pedra todos juntos. 


No topo, a visão é indescritível! 




Minha adrenalina estava tão alta, que não conseguia simplesmente sentar e contemplar. Olhava em volta, tentando pensar em como aproveitar aquele instante mais plenamente. Decidimos fazer a famosa foto pulando... Nem foi tão simples de capturar a tal imagem mas, depois de umas mil tentativas, deu para aproveitar alguma. 











Após um período eufórico, consegui me acalmar e contemplar aquele maravilhoso lugar. 




Depois de uma meia hora no 'paraíso, voltamos para a trilha e passamos a descer. Eu não diria que 'para descer todo santos ajuda' já que na volta, meu joelho que não é 100%, ficou meio 'magoado'. Precisei diminuir o ritmo para não sobrecarregá-lo. Marley, fielmente nos acompanhou até o final da trilha. Tentei alimentar nosso amiguinho, que não parecia estar muito interessado no que eu tinha para oferecer. Ficamos extremamente gratos por seu monitoramento na trilha. 


João Ribas depois me contou, que seu verdadeiro nome é Wifi e ele costuma acompanhar os grupos que sobem. 

João e Wifi

Quando chegamos na praia estávamos derretendo em suor. Por isso, decidimos nos refrescar um pouco na água do mar.



Olha o Pico do Pão de Açúcar, onde estávamos há pouco... 




A hora passava rápido e nossas passagens estavam compradas para às 15 hrs, por isso, precisávamos voltar. Mas, partir é um verbo que não se deveria permitir conjugar com um lugar desses...

Após 40 minutos atracávamos no fundo da pousada. 


Chegamos às 13h00. Terminamos de ajeitar nossas coisas, almoçamos e partimos no 'busão' da aventura. Hoje era outro motorista, por isso, a viagem não foi com tanta emoção, como no dia anterior. Aproveitamos que chegamos em Paraty razoavelmente cedo e fomos até o Centro de Informações Turísticas, para retirar nosso Certificado, do Caminho Velho da Estrada Real. 

Carimbos


Certificados



A viagem até Ubatuba, que normalmente leva em torno de 1h00, devido ao trânsito, levou quase 2h30. Quando chegamos na rodoviária, caiu aquela chuva de verão! E, para ajudar, descobrimos que a rodoviária da viação Litorânea era em outro endereço (R. Maria Vitoria Jean, 381 - Ubatuba). Devido a chuva e a falta de tempo, tivemos que pegar um táxi até o outro endereço, para pegar o próximo ônibus. Quando chegamos, ouvimos rumores que estava se levando de 6 a 10 hrs para chegar a SP. Corri em um supermercado ali perto e comprei milhões de guloseimas, já que não daria tempo de jantar. Saímos de Ubatuba às 20h30 e chegamos na rodoviária do Tietê às 04h30. No total, de Paraty até a nossa casa, foram 17 horas de viagem... Como estávamos cansados, dormimos praticamente a viagem toda.  


O único sofrimento foi com relação ao banheiro, visto que o ônibus não tinha. Sempre que parava, tentávamos usar o do posto de gasolina e conveniências... infelizmente, encontravam-se em situações mais do que caóticas! Mas isso foi algo muito pequeno, em comparação ao dia maravilhoso que tivemos. 

E, para concluir, não existe melhor menção que a do meu querido amigo Therbio: "Ao voltar para casa, fica em nossa memória o resultado resumido de mais uma experiência única, que jamais será realizada da mesma forma e conteúdo. Fica a presença e ausência destas pessoas que admiramos, os quais colaboram conosco em nossa jornada e fazem do cicloturismo em grupo parte essencial do que, com todos os sentimentos mais profundos, chamamos de amizade."

Sobre este dia: Foi mais um dia maravilhoso, que certamente ficará na memória! Fizemos uma atividade diferente, com pessoas maravilhosas num lugar deslumbrante. Ter ficado mais este dia, nos permitiu ter tido experiências e fotos magníficas, nada a se arrepender! Se for a Paraty, conheça o Saco do Mamanguá e o Pico do Pão de Açúcar! Quem leva? Sandro Ribas / Expedição e Aventura - Fone: 15 9 9611 1526 / Email - sandro@expedicaoeaventura.tur.br

Gastos:
Viagem de barco: R$ 50,00 (apenas o combustível do barco do Rene) 
Viagem Paraty-Mirim até Sorocaba: R$ 216,92 (para os dois)
  • R$ 87,96 ônibus (por pessoa) 
  • R$ 20,00 taxi entre rodoviárias em Ubatuba 
  • R$ 21,00 uber - entre rodoviárias em SP 

Guloseimas / água R$ 60,00
Total: R$ 326,92

VÍDEO ESTRADA REAL - CAMINHO VELHO


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